segunda-feira, 9 de maio de 2011

'. SONHO ²

Era uma guerra!
Eu tinha que lutar, senão  eles me matavam. E nossa eu era muito boa.
Apareceu um rapaz, muito alto. Eu não conseguia muita coisa com ele. Era inútil tentar lutar com ele, ate que observei ao meu redor com os meus olhos. Espera aí, meus olhos não. Aquele não era meu corpo, ou seria meu corpo agora?
Percebi que o pescoço dele estava desprotegido e ataquei. Nesse exato momento eu pude ver o rosto dele com clareza. Eu nunca tinha o visto, mas os meus olhos sim. De alguma forma eu o conhecia, e sentia algo muito forte.
Lamentei o conhecimento perdido!
Ele olhou nos meus olhos, o meu corpo foi diretamente ao encontro dele e o puxou para beijá-lo, e aquele era o meu corpo. Era estranho porque eu ia processando as informções, e o meu corpo ia agindo muito rápido, mudando desesperadamente meu foco.
Ele me empurrou com as mãos, me olhou com muita raiva. Começaram a sair coisas dos meus olhos. Lágrimas eu acho, porém, também não era minhas, era do meu novo eu!
De algum modo estávamos lutando por coisas opostas, e um precisava destruir o outro.
O calor disparou minhas veias, e um ódio violento me sufocou. Eu nunca tinha sentindo uma emoção como aquela em toda minha vida. Eu não estava habituada aquilo. Era difícil de conter.
Mas me veio a lembrança, de dois seres que se amaram muito, e tudo ficou misturado...
A raiva o amor.
Mas eram apenas lembranças, que ardiam com cores nítidas e sons retumbantes. Eu podia sentir tudo o que esses olhos já viram.
Ele falava algo, algo que eu não podia entender algo que poderia explicar tudo, algo que...
O jeito dele me distraia, eu só queria poder abraçá-lo, era desconcertante para mim, mas não para a outra memória.
Depois fiquei cega por várias lembranças, quando voltei a enxergar a realidade que me condenara, pude ver escondida, ele sendo ajudadas por várias pessoas, pessoas que pareciam ser do bem... Pessoas que pareciam de alguma forma ser minhas amigas. Minhas não, da minha memória!
Nesse momento eu só pude ter certeza de uma coisa: Eu havia o traído!

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