terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu não tenho filosofia, tenho sentidos.
Se falo em você, não é porque saiba quem você é;
Mas porque o amo, e amo por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama,
Nem sabe por que ama, nem sabe o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...


A resposta está além dos deuses
Minha doce perdição,
Imita o Olímpio no teu coração
Os deuses são deuses
Porque não se pensam apenas se consumem
Comungar o pão com eles!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

# O Tal Diário , ...

E depois de um bom tempo, volto a escrever no caderno de capa rosa outrora jogado do lado esquerdo da tal lixeira.
É que reencontro a necessidade de desabafar no papel, o único capaz de me ouvir sem me julgar.
A minha natureza interior ressoa, sobretudo nos fundamentos mais remotamente soterrados e de raízes mais diretas no útero do tempo. As contínuas repulsas desse novo ser, me aguçou a sensibilidade.
O segredo está nos olhos dele. Olhar tão sedutor e ao mesmo tempo tão puro e cristalino, aquele olhar que parece estar conectado diretamente ao meu coração. Assombra-me o poder que ele possui, de transformar todas as minhas prioridades em desejos pessoais, apagando os últimos púrpuros do crepúsculo na lenta dilapidação da sua autoconfiança.
Faz-me sentir no coração uma felicidade que, até então, somente sonhara em experimentar. Meus fatigados pensamentos se entrelaçam e distorcem em um êxtase supremo acima do qual a vida não sobe. Esse êxtase, esse clímax, só sobrevém quando a pessoa está no apogeu da vida e é tão intenso que a pessoa esquece-se da sua própria vida.
Talvez eu estivesse predestinada desde sempre a amar aquele menino. Quanto a minha lembrança favorita, digo que ainda estar por vir...