sexta-feira, 1 de julho de 2011

# O Tal Diário , ...

E depois de um bom tempo, volto a escrever no caderno de capa rosa outrora jogado do lado esquerdo da tal lixeira.
É que reencontro a necessidade de desabafar no papel, o único capaz de me ouvir sem me julgar.
A minha natureza interior ressoa, sobretudo nos fundamentos mais remotamente soterrados e de raízes mais diretas no útero do tempo. As contínuas repulsas desse novo ser, me aguçou a sensibilidade.
O segredo está nos olhos dele. Olhar tão sedutor e ao mesmo tempo tão puro e cristalino, aquele olhar que parece estar conectado diretamente ao meu coração. Assombra-me o poder que ele possui, de transformar todas as minhas prioridades em desejos pessoais, apagando os últimos púrpuros do crepúsculo na lenta dilapidação da sua autoconfiança.
Faz-me sentir no coração uma felicidade que, até então, somente sonhara em experimentar. Meus fatigados pensamentos se entrelaçam e distorcem em um êxtase supremo acima do qual a vida não sobe. Esse êxtase, esse clímax, só sobrevém quando a pessoa está no apogeu da vida e é tão intenso que a pessoa esquece-se da sua própria vida.
Talvez eu estivesse predestinada desde sempre a amar aquele menino. Quanto a minha lembrança favorita, digo que ainda estar por vir...

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